terça-feira, 2 de abril de 2013

PSOL acompanha manifestante detido pela polícia legislativa da Câmara

Marcelo Reges Pereira, antropólogo de 35 anos, morador de Brasília, foi retirado do plenário 9 onde se realizava, na tarde do dia 27 de março, sessão presidida pelo deputado Marco Feliciano, para "prestar informações" à Polícia Legislativa. A ação dos seguranças da Câmara deveu-se a uma ordem do deputado Feliciano, que se sentiu "caluniado" por Marcelo ter dito ao deputado estadual paulista Capez, que estava sentado ao lado de Feliciano, para "sair do lado de um racista". Foi o suficiente para o presidente da sessão exercer sua autoridade máxima e, nesse caso, abusiva e seletiva.
 
O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) foi até a Polícia Legislativa, conversou com Marcelo e com o coordenador do Depol, que esclareceu que Marcelo não estava preso e sim "convidado a prestar esclarecimentos". O assessor jurídico do PSOL acompanha o depoimento.
 
Chico Alencar tomou conhecimento também que um segurança estava 'a paisana', sem crachá de identificação. Todas as ações para garantir a realização da sessão foram solicitadas pelo deputado ainda presidente. É visível que seguranças tratam o grupo que questiona a presidência de Feliciano de forma claramente desrespeitosa e intimidatória.
 
"A tensão e as escaramuças de hoje continuarão enquanto o deputado pastor insistir em ficar à frente da CDHM", disse Chico Alencar. "O depoimento de Marcelo Reges será importante para se avaliar a postura autoritária e intolerante de Feliciano, que pretende intimidar seus críticos ao ameaçar processar quem o chamar de racista. Isso implicaria em acionar judicialmente milhares de brasileiros".
 
O PSOL reitera seu apoio ao direito da sociedade se manifestar, inclusive nas dependências da Câmara, em função das agressões que sofre por pensamentos, palavras e ações do deputado – que não tem a menor identidade com a pauta dos Direitos Humanos. "Feliciano é a crise, e isso se confirma a cada dia."

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