domingo, 14 de abril de 2013

Carta Capital

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terça-feira, 2 de abril de 2013

Militantes do coletivo Brasil e Desenvolvimento decidem se filiar ao PSOL


O coletivo de militantes de esquerda Brasil e Desenvolvimento (B&D), com atuação no Distrito Federal, decidiu recentemente se filiar ao PSOL. Em documento, lançado na semana passada, o grupo afirma que "O B&D decide, a partir de hoje, ser um grupo que constrói e organicamente disputa o PSOL. Não só o PSOL-DF, mas todo o projeto de sociedade que esse Partido representa. Brasil a fora". Ao final do texto, cujo lema é "Tome partido", os militantes ressaltam que "é na convicção de que todo passo é uma escolha política necessária que assim decidimos. E é na honestidade de quem quer concretizar sonhos ou morrer tentando que nos engajamos".
 
A atividade de filiação coletiva ao PSOL-DF será nesta quarta-feira, 3 de abril, às 20h, no Balaio Café.
 
Leia abaixo o documento do B&D anunciando a decisão de se filiar ao PSOL. Para acessar o blog do coletivo, basta clicaraqui. Também veja o vídeo produzido pelo coletivo: http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=6LMR8DOFqOg.
 
B&D: tomando partido
 
O B&D, como qualquer grupo político que vive, que pulsa, define-se a partir de disputas. E disputas que se verificam na realidade. Na realidade das instituições e, principalmente, na realidade das lutas fora dela.
 
O B&D, por isso, é um grupo que, desde sua gênese, não tem medo de ser taxado pelo que faz. O B&D é um grupo mais preocupado com aquilo que deixa de fazer.  Num momento histórico onde a apatia é regra e onde a política é mais tida como politicagem do que como uma disputa por rumos e projetos de sociedade, portanto, não fazer algo é se dar  por derrotado, é deixar as coisas como estão, é, acima de tudo, conservar. O B&D, nesse contexto, não tem o luxo de não se posicionar.
 
Ao longo dos anos, evoluímos muito enquanto organização política, mas mais ainda enquanto coletivo de pessoas. Começamos como um grupo de estudantes que queria "pensar" os problemas do Brasil, colhemos reconhecimento por meio de nossas intervenções criativas e hoje nos entendemos parte de um processo de mudança que já pulsa internacionalmente. Demorou, mas, hoje, o B&D é um grupo, acima de tudo, militante.
 
Afinal, somos um grupo que acredita em revolução. Revolução enquanto processo diário e constante. Revolução que precisa de construções alternativas e contra-hegemônicas. Revolução que não foi escrita nem descrita em qualquer livro, mas que exige de nós, enquanto militantes, conhecimento da história e das ferramentas teóricas que nos são apresentadas. Certo ou errado, nossas escolhas se pautam pela conexão com a teoria que se aprende na prática e pela prática capaz de inovar e renovar a teoria.
 
Tendo tudo isso em vista, para nós, a disputa partidária acontece dentro de um contexto mais geral de disputa social. Ela simboliza avanços ou retrocessos, já que, por vezes, dá primazia a alguns setores em detrimento de outros. Entendemos e reconhecemos, pois, que algumas alianças táticas são necessárias (quiçá indispensáveis) para alguns avanços, mas também condenamos e rechaçamos alianças que comprometam a estratégia geral de um novo projeto de sociedade.
 
Entendemos, assim:
 
1) que o financiamento anda junto com o projeto de sociedade defendido. Alianças para financiamento de campanha com empreiteiras, por exemplo, reforçam o setor privilegiado, dando a ele, nos momentos de tensionamento, a caneta decisória;
 
2) que alianças que beneficiam o agronegócio em esfera municipal, estadual e federal, em detrimento das lutas do campo, são contraditórias com um projeto alternativo de sociedade;
 
3) que o avanço econômico atual se dá dentro de um modelo desenvolvimentista e já delineado pelas democracias europeias e estadunidense no passado e, portanto, não modelam diferentemente, apenas seguem a trajetória imposta pelo capital, pela rota do dinheiro;
 
4) que os projetos sociais atuais não disputam politicamente a classe emergente, construindo verdadeiros mercados de consumo novos, na linha do que é desejável a um mundo em crise, mas sem a preocupação em formar questionadores do status quo e o modelo de sociedade. Nossas escolas públicas continuam jogadas ao lixo enquanto estádios de futebol são erguidos à base da precarização do trabalho. Isso não é, para nós, avanço social, pois o avanço que defendemos não se dá por renda única e exclusivamente;
 
5) que o conservadorismo vem ganhando o debate público, pautando suas questões e impedindo avanços nas questões historicamente postas pelos movimentos sociais. Não discutimos, enquanto sociedade, questões básicas como aborto e fomos "resgatados" por uma agenda liberal no que diz respeito ao casamento homossexual;
 
6) que nossas instituições são incapazes de realmente inovar, dando espaço cada vez mais amplo à burocratização e à tecnocracia, ao invés de dar voz à criatividade daqueles que não foram doutrinados pela maneira "única" de se portar: os outsiders.
 
Por fim, entendemos que um símbolo de criatividade e inovação, de questionamento e de indignação, tem, mesmo que em baixo grau e em pouca intensidade, se fortalecido. Clamando por novos adeptos, reforçando a necessidade de articulação regional e internacional para uma verdadeira reviravolta.
 
Não seria justo, pois, deixarmos essa construção acontecer sem nos engajarmos nela. Não seria correto enxergarmos de longe mais essa luta,  mais essa disputa, sem nos posicionarmos. Não seria revolucionário olharmos de longe e bradar apoios sem nos inserirmos de cara. Não seria, afinal, B&D não tomar partido. Porque para nós, uma organização política morre quando ela deixa de desejar, em seu núcleo de atuação, uma transformação real da sociedade.
 
Por todo o exposto, comunicamos o que, principalmente para quem luta conosco todos os dias, já parecia claro: O B&D decide, a partir de hoje, ser um grupo que constrói e organicamente disputa o PSOL. Não só o PSOL-DF, mas todo o projeto de sociedade que esse Partido representa. Brasil a fora.
 
É na convicção de que todo passo é uma escolha política necessária que assim decidimos. E é na honestidade de quem quer concretizar sonhos ou morrer tentando que nos engajamos.


Fonte: PSOL Nacional

Jean Wyllys protocola, na PGR, ação criminal por calúnia, difamação, formação de quadrilha e outros crimes

Alvo recente de uma pesada campanha difamatória e caluniosa por sua firme oposição à eleição e permanência do deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, dadas as suas declarações públicas de teor racista, homofóbico e misógino em redes sociais e fora delas, o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) decidiu representar criminalmente – por calúnia, difamação, falsificação de documento público, injúria, falsidade ideológica, formação de quadrilha e improbidade administrativa – o deputado Pastor Marco Feliciano e o pastor Silas Malafaia. Também são citados na ação os assessores parlamentares Rafael Octávio, Joelson Tenório, André Luis de Oliveira, Roseli Octávio e Wellington de Oliveira por produzirem vídeos, notas, postagens em redes sociais, ou colaborarem ativamente na propagação destas, atribuindo aos deputados, entre outros, a defesa da pedofilia como bandeira política.


A ação criminal, protocolada na Procuradoria Geral da República, também é assinada pela deputado Erika Kokay (PT-DF) e pelo deputado Domingos Dutra (PT-MA), então presidente da CDH à época da eleição de Marco Feliciano.
 

Clique aqui para ler o inteiro teor da ação.


PSOL acompanha manifestante detido pela polícia legislativa da Câmara

Marcelo Reges Pereira, antropólogo de 35 anos, morador de Brasília, foi retirado do plenário 9 onde se realizava, na tarde do dia 27 de março, sessão presidida pelo deputado Marco Feliciano, para "prestar informações" à Polícia Legislativa. A ação dos seguranças da Câmara deveu-se a uma ordem do deputado Feliciano, que se sentiu "caluniado" por Marcelo ter dito ao deputado estadual paulista Capez, que estava sentado ao lado de Feliciano, para "sair do lado de um racista". Foi o suficiente para o presidente da sessão exercer sua autoridade máxima e, nesse caso, abusiva e seletiva.
 
O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) foi até a Polícia Legislativa, conversou com Marcelo e com o coordenador do Depol, que esclareceu que Marcelo não estava preso e sim "convidado a prestar esclarecimentos". O assessor jurídico do PSOL acompanha o depoimento.
 
Chico Alencar tomou conhecimento também que um segurança estava 'a paisana', sem crachá de identificação. Todas as ações para garantir a realização da sessão foram solicitadas pelo deputado ainda presidente. É visível que seguranças tratam o grupo que questiona a presidência de Feliciano de forma claramente desrespeitosa e intimidatória.
 
"A tensão e as escaramuças de hoje continuarão enquanto o deputado pastor insistir em ficar à frente da CDHM", disse Chico Alencar. "O depoimento de Marcelo Reges será importante para se avaliar a postura autoritária e intolerante de Feliciano, que pretende intimidar seus críticos ao ameaçar processar quem o chamar de racista. Isso implicaria em acionar judicialmente milhares de brasileiros".
 
O PSOL reitera seu apoio ao direito da sociedade se manifestar, inclusive nas dependências da Câmara, em função das agressões que sofre por pensamentos, palavras e ações do deputado – que não tem a menor identidade com a pauta dos Direitos Humanos. "Feliciano é a crise, e isso se confirma a cada dia."