quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Boletim Informativo do PSOL Aurelino Leal


Logo PSOL.jpegAno 2013. Nº. 001

 

O Boletim é um instrumento importante para a militância do PSOL dialogar diretamente com a população, seu formato e textos privilegiam o contato direto com o povo, foi feito para ser distribuído em locais de grande concentração, em atividades de rua do PSOL.

Prefeitura de Aurelino Leal Não paga Salários atrasados de funcionários da educação, administração e  da Saúde.

A Prefeitura Municipal da Cidade de Aurelino Leal, Bahia, ainda não apresentou nenhuma proposta para pagamento dos salários atrasados dos funcionários do município, sendo que já foi pago o mês de novembro dos funcionários da educação e o mês de dezembro a alguns, já aos da administração e saúde a nenhum deles, Salários esses que foram da gestão anterior, porém quem deve a esses funcionários não é prefeito A nem prefeito B, e sim a Prefeitura Municipal de Aurelino Leal. Enquanto isso os funcionários aguardam uma solução para esses problemas, já havendo indicativo de greve em algumas secretarias. O dinheiro que estava bloqueado foi desbloqueado. O que foi feito com esse dinheiro, Já que apenas alguns poucos a prefeita pagou? Qual o critério utilizado por ela?.

Prefeitura de Aurelino Leal manda para Câmara projeto que tira 40 mil reais do hospital para o seu gabinete.

Como que a Prefeita do município, alega que não está tendo condições de pagar os salários atrasados dos funcionários municipais e encaminha para câmara municipal um projeto, pedindo que seja remanejado 40mil reais de manutenção do hospital, para ser aplicado no seu gabinete entre seus 5 funcionários como salário família? Quem no município recebe um salário família de 750 reais por mês? Valor esse questionado pelos Vereadores do PSOL Professor Marcos e Flávia da Cascata e que não foi aprovado pelos vereadores, pois tamanha a vergonha dos aliados da própria prefeita, não tiveram coragem de aprovar.

Rumores na cidade de anulação do concurso Público de Aurelino Leal, mesmo com grande número de funcionários contratados.

Os novos concursados do município de Aurelino Leal, estão ansiosos com rumores na cidade sobre possível  anulação do último concurso público, no entanto a prefeitura está contratando, provando que a  uma necessidade de realização de um novo concurso e não anulação do que já foi feito.

O PSOL Defende

1.      Regularização dos salários atrasados o mais rápido possível dos funcionários. Nenhum passo atrás desse direito adquirido. Respeito ao Trabalhador!.

2.      Realização de concurso público para suprir as vagas existentes no município.

3.      Diminuição de 50% dos salários (Subsídios) da Prefeita e Vice-Prefeito, Secretários e Assessores.

 

Câmara Municipal

 

Na Câmara Municipal os vereadores do PSOL, Professor Marcos e Flavia da Cascata, Apresentaram requerimento, que foi aprovado por unanimidade, para que as seções da câmara sejam transmitidas pela rádio Rio das Contas FM.

 

Blog do PSOL Aurelino Leal: http://psolaurelinoleal.blogspot.com.br/

Site do PSOL Bahia: www.psolba.org PSOL Nacional: www.psol50.org.br Email: secretariapsolba@yahoo.com.br  

Contatos: 073-8107:6437/ 8197:2512 e Cel: 071-9126:2455/ 011-9.9650:2030

sábado, 16 de fevereiro de 2013

A Política do Personalismo

Por Alexandre Fleming


A Política do Personalismo

Não vai haver revoado no PSOL, tampouco nos demais partidos do país. Muito pelo contrário! As expectativas dessa virtual movimentação política, em nome de um suposto "novo" ativismo, estão sofrendo inúmeras negativas de setores e personalidades importantes.

Evidente! Nenhum partido ou personalidade em si mesma mudará a realidade política do país – quanta pretensão –, muito menos à construção de mais um partido político para viabilizar uma candidatura que supostamente pretende revolucionar a política brasileira. Somente uma séria reforma política será capaz de apresentar soluções reais para os graves problemas do sistema político atual.

Nossa jovem democracia, outrora retomada a partir de um turbilhão eleitoral com mais de 20 chapas inscritas a presidência da república em 1989, volta a sofrer. Se antes, essa dispersão de projetos políticos possibilitou a ascensão de um projeto messiânico com traços megalômanos, expressos na figura de Fernando Collor de Mello, hoje, é a polarização entre PT versus PSDB, quem novamente possibilita outros projetos personalistas.

Que a vereadora Heloísa Helena (ex-candidata a presidência da república) está deixando seu atual partido para cair na "REDE" de Marina Silva é tão claro quanto óbvio, de fato. Ela sabe que precisa voltar ao cenário nacional ou "amargará" sua terceira eleição consecutiva à câmara de vereadores em 2016. Então, está evidente que a intenção é – devido a derrota eleitoral de 2010 – buscar, em 2014, uma vaga no congresso nacional como deputada.

Já Marina Silva restará à tarefa de tentar ocupar esse espaço político aberto, devido a já saturada e anteriormente citada polarização, disputando novamente a presidência da república.

Em 2012, Heloísa Helena foi eleita graças aos votos do PSOL (mais de 20 mil votos conquistados pelo partido), diferente de 2008 quando sozinha fez 29 mil votos e o PSOL, naquele momento, apenas pouco mais de 1.600 votos. Ou seja, de 2008 para 2012, Heloísa Helena perdeu mais de 10 mil votos disputando uma das 21 cadeiras da Câmara Municipal de Maceió, enquanto o PSOL adquiriu mais de 20 mil votos em Maceió.

Por sua vez, restará, a Heloísa Helena, diante de uma nova possível derrota política eleitoral em 2014, sonhar com a renovação do seu mandato em 2016. E, até lá, evidentemente, aqueles 29 mil votos de 2008, assim como, os atuais 19 mil votos obtidos em 2012, vão expressando a sua precoce atrofia eleitoral.

A criação de uma nova legenda partidária é, portanto, a afirmação do seu erro político histórico, quando, em 2010, abriu mão de ocupar um protagonismo político, que, naquele momento, poderia vir a ser de Heloísa Helena, disputando novamente a presidência da república e consolidando um projeto coletivo que originou e afirmou o PSOL em 2006 no cenário nacional, com seus mais de 6 milhões de votos.

Entretanto, preferiu sair à disputa de uma vaga (para si) ao senado em Alagoas, tropeçando com as mãos durante um debate na Universidade Federal de Alagoas, quando se negou a cumprimentar um adversário, entre outros erros de postura e discurso.

Heloísa Helena e Marina Silva caminham juntas para um possível gueto personalista, sem projeto político coletivo para o país e presas a um discurso meramente moralista, sem suporte de militância real, porém, "donas" absolutas de seus próprios projetos partidários.

Estou no twitter: @Fleming_al

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Não tem fórmula mágica. A hora é de afirmar o PSOL

O chamado Movimento por uma Nova Política liderado por Marina Silva entra em nova fase e começa a assumir feição de partido reabrindo o debate de suas relações políticas em geral e inclusive com o PSOL.

Primeiramente há necessidade de se desfazer uma confusão: a de que a performance eleitoral de Marina Silva, com quase 20 milhões de votos na última disputa presidencial, seja resultado de uma acumulação política sólida, partidária, com princípios ideológicos e programáticos, amparados socialmente. Em meu entender a votação de Marina Silva, em 2010, é expressão de um espaço eleitoral já existente na sociedade brasileira e já ocupado por Ciro Gomes em 2002, por Heloísa Helena em 2006 e Marina em 2010. Logo, não é um espaço construído por ela, mas eleitoralmente e ocasionalmente ocupado por ela.

Em segundo lugar, não se pode confundir também a brecha que existe na legislação brasileira, com uma suposta capacidade de aglutinação política de Marina Silva. Explico melhor: a legislação eleitoral brasileira com suas interpretações oficiais não admite que políticos em exercício de mandato mudem de partido a não ser em casos muito especiais. No entanto, se a mudança for para novas siglas é permitido. Foi por essa razão que o PSD de Kassab virou um depositário de políticos descontentes e migrados de diversos partidos tornando-se, em curto espaço de tempo, uma legenda com dezenas de deputados, governador, prefeitos, vereadores etc. Este desempenho não é prova da inconteste liderança Kassabista. Toda essa capacidade de "atração" é resultado, principalmente, de um mal estar e desconforto por relações políticas deterioradas no seio das demais agremiações partidárias.

Agora em 2013 o fenômeno parece se repetir e é provável que uma nova leva de descontentes possa migrar para uma sigla que pode vir a ser constituída por Marina Silva.

Por último, também é preciso discutir com a visão de determinados companheiros(as) apresentada em nosso debate partidário. Sucede que a partir da constatação da enorme dificuldade de vertebrar um partido político de esquerda, com capacidade de disputar hegemonia e influenciar decisivamente na vida nacional, sem fazer concessões aos interesses das classes dominantes, nasce a falsa esperança de que é possível por lances geniais e taticistas encontrar atalhos que nos guinde rapidamente ao centro do poder por uma via eleitoral e na carona de Marina Silva. Esses companheiros(as) estão em uma encruzilhada e minha contribuição vai no sentido de auxiliar o conjunto do partido na busca da escolha histórica que determinadas lideranças do PSOL estão equivocadamente por fazer.

A hora é de afirmar o PSOL. Dizer não a fórmulas mágicas.

Marina Silva já foi testada em 2010 e seu conteúdo político mostrou-se flácido e ziguezagueante. Sua candidatura visava localizar-se como ponto de equilíbrio entre um fantasioso sucesso econômico de FHC e um ilusório sucesso social de Lula. Marina não se portou como superação político e programática, mas sim como fusão e síntese de Lula e FHC.

Ao que parece, em 2014 a farsa deve se repetir, o que deve mudar é apenas a sigla.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

A Divisão do Carnaval é a divisão do Capital

Presidente do Olodum diz que divisão desigual de recursos no carnaval empobrece a Bahia e que 'Afródromo' empurraria negros para gueto


NELSON BARROS NETODE SALVADOR

É Carnaval em Salvador, e João Jorge Rodrigues, 57, presidente do Olodum, crava: há um monopólio na divisão de recursos na folia da Bahia, que é "terra de uma artista só" -Ivete Sangalo.

Na força da cantora, o líder do "bloco mais aclamado e conhecido no planeta", em suas palavras, vê um caráter étnico: ela é branca.

A vinda a Salvador de atrações como o sul-coreano Psy, diz, é mais um retrato de uma Bahia que não valoriza seus artistas, sua negritude.

João Jorge falou à Folha na sede do Olodum, em um belo sobrado encravado no Pelourinho. Em seguida, tinha outra entrevista: com o americano Spike Lee, 55, que filma "Go Brazil Go!", documentário sobre a ascensão econômica do país, que também vai abordar o Brasil da perspectiva racial.

Sobre isso, ele sentencia: a capital baiana "é campeã mundial de apartheid". Sobretudo nos dias de folia.

Mestre em direito público pela Universidade de Brasília (UnB), João Jorge vai na contramão do discurso dominante entre os envolvidos no Carnaval de Salvador.

Folha - Enquanto cresce a participação popular em blocos de rua no Sudeste, o Carnaval é criticado na academia e por referências do samba e do próprio axé.

João Jorge O Carnaval do país é um retrato do Brasil atual. Ele é um Carnaval discriminatório, segregado, com mecanismos que reproduzem o capitalismo brasileiro: a grande exclusão da maioria em beneficio de uma minoria.

Seria ingenuidade esperar que no Carnaval de Salvador, de São Paulo, do Recife ou do Rio nós tivéssemos democracia, oportunidade, igualdade. Você passa 359 dias no ano praticando toda forma de violência institucional, de racismo institucional, e você quer que em seis dias o Carnaval seja democrático?

A situação é pior na Bahia?

Aqui, ainda mais. Você tem um segmento que tem os melhores patrocínios, maior visibilidade, todos os recursos. Há cordas separando os blocos do povo.

Estamos falando da possibilidade de o Carnaval ser mais generoso. Além de ser uma festa da alegria, proporcionar também àqueles que fazem cultura ter apoios tão generosos quanto o de quatro grupos. Mas é ilusão achar que isso mudará em curto prazo. Os atores que podiam brigar por isso estão às vezes mais preocupados em fazer parte do jogo.

O chamado 'Afródromo' ajuda ou atrapalha o cenário? [a iniciativa de Carlinhos Brown e outras seis entidades de criar um novo circuito, exclusivo para os blocos afro, estrearia neste ano, mas foi adiada pela nova gestão na prefeitura]

O Olodum tem brigado muito para sair mais cedo e poder ser visto pela televisão. Para que empresas patrocinem de forma equitativa os blocos afros.

Ao mesmo tempo, eles resolveram fazer algo separado. O que a sociedade mais quer é que os negros escolham um gueto para ir e se afastem da disputa com eles. É como se soubéssemos o lugar em que deveríamos ficar, em vez de aparecermos na Barra, no Campo Grande.

Mais ainda: obriga o poder público a ter gastos com outro circuito, quando os recursos poderiam ser distribuídos de uma forma melhor.

Até que ponto o monopólio afeta a festa, a música local?

A diversidade, que antes era a riqueza do Carnaval, foi diminuindo, e hoje o Ilê Aiyê, o Filhos de Gandhy, a Timbalada e o Olodum correm um pouco no meio disso.

Mas nos demais lugares você não tem novidades. A Bahia virou a terra de uma artista só. Parece que os outros estão todos mortos.

Isso mata os artistas emergentes, mata os que estão trabalhando e, em vez de fortalecer essa própria artista, a fulmina, porque é a galinha dos ovos de ouro aberta para pegar ovos. A festa faz de conta que está enriquecendo uma pessoa, mas na verdade está empobrecendo uma cidade, um Estado.

A pessoa é Ivete Sangalo?

Sim, ela.

E como o senhor vê a vinda de celebridades como o sul-coreano Psy, para ações publicitárias, com o discurso de prestigiar o Carnaval?

Essa mudança, de a gente precisar de elementos como esses, é uma coisa recente, tem 20 anos. Antes, as pessoas vinham para participar, para conhecer o Carnaval de Salvador. Com o tempo, passou a ser: 'Eu quero que você venha para você ser importante para o Carnaval'. Inverteu. O Carnaval é que era importante para essas pessoas.

O pessoal pergunta: qual é a atração deste ano do Olodum? É a banda Olodum. A banda mais internacional da Bahia: 37 países, quatro Copas do Mundo, tocou com os últimos 30 grandes nomes da música mundial. Na visão de outros grupos, outros artistas, eles não são atrações no Carnaval de Salvador, atração é o coreano, é a atriz da Globo.

A novidade do Olodum é o samba-reggae, é a força biológica da música que a gente tem, a música de protesto...

E existem novas músicas do Olodum assim?

Tem, e atuais. Agora, qual rádio que toca pagode, sertanejo e funk vai tocar música de protesto? Vou dar um exemplo bem simples: ninguém consegue mudar a ordem do desfile de Salvador, porque foi imposta pelo capital. A ordem é: quem tem mais dinheiro.

Mas qual prefeito ou governador vai dizer: "A gente banca o Carnaval, dá segurança, saúde, infraestrutura, gasta R$ 84 milhões, e todos terão de cumprir a seguinte diretriz -será um desfile alternativo, com um bloco afro, depois um afoxé e um bloco de trio. Um bloco travestido e um trio independente. Em horários que todos possam aparecer na TV". Quero ver qual autoridade da Bahia vai fazer isso.

E Claudia Leitte? Parte do público e da crítica diz que ela tenta repetir Ivete, que não teria identidade...

Não posso falar disso, porque esse é um problema dessas cantoras, desse tipo de personalidade cuja força é o caráter étnico. A força delas é que são cantoras brancas. Se elas se imitam ou não, não posso dizer nada, é o mercado que elas escolheram. De serem cantoras brancas, que dominam todo o mercado de publicidade, todo o mercado de shows, e que uma compete com a outra.

Recentemente, uma delas colocou o filho para subir no palco, e a outra fez o mesmo.

E tem a gravidez de cada uma, tudo que é feito para gerar noticia. Estou preocupado inclusive com Spike Lee, para ele não engravidar ninguém aqui nesse período [risos], para criar notícia, entendeu?

Agora, um fato é importante: elas exercem um papel importante na música brasileira e souberam dar um ar profissional a isso que é uma resposta também às demandas da própria comunidade negra. Você, com ótimas cantoras negras aqui, numa cidade de maioria negra, não capitalizar isso é um erro estratégico. Para você ver a força do racismo e da alienação. As cantoras negras da Bahia seriam milionárias nos EUA.

E os desfiles das escolas de samba no Rio e em São Paulo?

Olha, eles foram importantes nos anos 10 e 20 do século passado para formar uma cultura do samba. Depois, foram engessados pelo modelo de desfile, pelo sambódromo e continuam sendo um espetáculo maravilhoso... De ver. Mas sem participação ampla, e isso difere do Recife, de Olinda e de Salvador.

Por isso o Rio está tendo essa explosão de blocos de rua, mostrando que as pessoas cansaram desse modelo da fantasia, das alas, da batida, de 90 minutos de desfile. Sem falar da guerra publicitária, dos enredos patrocinados.

Em algum momento o Carnaval foi uma festa popular?

Nunca, ainda não é e talvez não seja. É uma festa de multidões, mas que tem uma repressão muito grande sobre tudo. O Carnaval é extremamente limitado, onde se desfila, se bate foto, é preciso pagar taxas. E não é isso que é vendido para o mundo.

Veja, um dos fenômenos mais interessantes do Carnaval é a visibilidade da homossexualidade. Mas é também no Carnaval em que os homossexuais são mais agredidos. Ao mesmo tempo em que parece que a cidade fica liberal, receptiva ao outro, ela é extremamente conservadora.

O Carnaval está migrando para ter os bailes de novo, os camarotes, uma estrutura mais apartada ainda do que se conseguiu ter nos blocos de trio nos horários de desfile.

Mas o Olodum segue nela...

O Carnaval não é a salvação, não é o fim do mundo. É algo importante para a civilidade que precisa emergir, mas não se resolvem os problemas das cidades sem o confronto. O Carnaval é a cara da sociedade. Só em um momento o brasileiro se mostra como ele é. É no Carnaval.



              Saudações Internacionalistas e Libertárias


                           Ronaldo Santos...

                 Secretário Geral do PSOL Bahia

             Membro da Direção Nacional do PSOL

               Cel: 071-9126:2455/ 011-99650:2030

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