sexta-feira, 30 de julho de 2010

Perfil de Luis Carlos França – Candidato ao Senado Federal

Perfil de Luis Carlos França – Candidato ao Senado Federal nº 500

 

Luis Carlos França, tem 51 anos, nasceu em Salvador-Bahia, casado e pai de ( 5 ) filhos, técnico de construção civil, é funcionário da Dataprev, Diretor do Sindicato dos trabalhadores em Tecnologia da Informação – SINDADOS e Diretor da Federação Nacional dos Trabalhadores em Tecnologia da Informação - FENADADOS. Membro da Executiva Estadual do PSOL Bahia, Membro do Diretório do PSOL Salvador e Dirigente Nacional do (MES), Movimento Esquerda Socialista.

 

França, como é conhecido, iniciou sua trajetória política ainda muito jovem no Movimento Estudantil, foi fundador do PT, dirigente da CUT estadual e dirigente da comissão nacional de combate ao racismo por dois mandatos (CUT) representante eleito pelos trabalhadores(as) da Dataprev. Foi Presidente da Associação de Moradores do Nordeste de Amaralina. Em 1992, foi expulso do PT por identificar o início da guinada do PT a direta e logo em seguida integrou aos quadros do PSTU, ajudando a fundá-lo na Bahia e nos anos de 2002, foi candidato a Senador e em 2004, candidato a prefeito pelo PSTU na cidade de Salvador Bahia. No ano de 2005, desfilia-se do PSTU e ingressa nas fileiras do PSOL saindo candidato a deputado federal no ano de 2006.

 

França visitou países como a Argentina, Bolívia, Cuba, Venezuela e confirmou diversos avanços sociais e econômicos desses países, principalmente na Bolívia, Venezuela e Cuba, onde o povo é prioridade e não o capital que destrói milhões de vida na América Latina tirando a esperança de milhões. Com base nessas constatações, França defende a idéia de que a riqueza de um país é do seu povo e não pode ser vendida ao capital. Daí revela-se os limites das políticas econômicas e sociais do Governo Lula e do PT que seguiu as mesmas políticas neoliberais do PSDB e DEM.

 

França participou do plebiscito na Venezuela em 2007, como delegado internacional acompanhando missões pela democracia na América Latina e Caribe, como o processo Eleitoral na Venezuela, oportunidade em que pôde discutir com lideranças políticas de governo e a população da maior comunidade de Caracas, as possibilidade de uma nação participativa ser levada à condições objetivas de um processo revolucionário; Como o Convite feito por movimentos populares Cubanos para debater o processo de liberdade dentro do socialismo. Em Abril de 2000, na comemoração dos 500 anos do Brasil na cidade de Porto Seguro, França e Zé Maria, hoje Candidato a presidente pelo PSTU, foram presos pela polícia federal a mando da truculência de FHC que violentavam e prendiam índios, mulheres e militantes do MST, que usavam do livre arbítrio e diziam que o Brasil ainda era uma colônia, a serviço do imperialismo.

 

França tem uma trajetória histórica no movimento sindical e popular que evidencia a sua capacidade política, testada e aprovada, para ser o legítimo representante da Bahia no Senado Federal: Um candidato Negro que lutou e luta pelo trabalhador tendo um passado e um presente que o abona na sua trajetória política. Tem sido um militante fundamental na construção do socialismo, por uma sociedade igualitária, sem opressão e sem exploração.

 

Luis Carlos França

Candidato a Senador pelo PSOL

071-9126-2455/9271-0240/ 9203-8425/ 9948-1978

 

Endereço de Twitter -  http://twitter.com/francapsol

 
Endereço de Site -  http://www.francapsol.blogspot.com


domingo, 25 de julho de 2010

Dia dos Trabalhadores Rurais: uma luta por melhores condições

23 de julho de 2010
Da página do MST,


Com informações do site do Ministério do Trabalho e CTB


O dia 25 de julho é um motivo não para celebrações e festejos, mas para reforçar o debate sobre os temas da Reforma Agrária e da Soberania Alimentar.



Neste dia, lembramos as desigualdades provocadas pela apropriação de terras pelos latifundiários e a exploração dos recursos naturais e dos trabalhadores e trabalhadoras rurais pelas empresas do agronegócio. Nesta data devemos realizar uma importante reflexão sobre a luta dos trabalhadores e trabalhadoras do campo, para a construção de uma sociedade sem explorados nem exploradores.



O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) nasceu das lutas concretas que os trabalhadores e trabalhadoras foram desenvolvendo em nome da conquista da terra, desde o final da década de 1970. No campo, foram criados tanto movimentos sociais como organizações de assalariados ligadas ao sindicalismo rural. O modelo de desenvolvimento concentrador e a consequente falta de oportunidades no campo resultou na migração massiva para as cidades, onde atualmente reside 80% da população brasileira.



Trabalhadores assalariados no campo



Os dados oficiais apontam melhoras no nível de emprego no campo no último período, mas, ainda assim, as principais bandeiras e pendências para este setor da classe trabalhadora ainda são garantir a carteira de trabalho assinada, a segurança e saúde do trabalho, combater a superexploração do trabalho que se assemelha à escravidão, acesso ao crédito, acesso à Previdência Social. A garantia do cumprimento das leis trabalhistas também é um desafio em regiões onde os assalariados rurais vendem sua mão de obra para grandes cultivos de agronegócio, como é o caso de regiões de indústrias sucroalcooleiras, onde geralmente se verificam péssimas condições nos locais de trabalho e moradia.



Sem Terra e agricultura familiar



A data nos lembra também que a questão da população sem-terra não foi resolvida no país. Ainda há uma clara demanda por Reforma Agrária, como se pode comprovar com a existência de 90 mil famílias do MST acampadas em beiras de estrada em luta por um pedaço de terra.



A esse quadro soma-se a questão dos agricultores familiares, os que produzem a alimentação que vai à mesa do brasileiro. São 4,3 milhões de propriedades agrícolas familiares do país, responsáveis pela produção de 70% dos alimentos consumidos diariamente pelos brasileiros.
Os agricultores lutam por melhores condições de crédito e produção, já que a maior parte dos recursos públicos é destinada ao agronegócio, que possui mais terras e produz menos alimentos.


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Expor a verdade não é ilegal, a guerra que é!


No dia 27 de Maio, o soldado Bradley Manning, 22 anos, foi preso em Bagdá, no Iraque. Depois, transferido para uma prisão militar dos EUA ,no Kuwait, onde se encontra atualmente. Sua prisão aconteceu depois que o ex-hacker Adrian Lamo (condenado por ter invadido o site do New York Times) entregou para o FBI e o Exército dos EUA e-mails e logs (registros) de suas conversas com Manning, onde ele confessa ser a pessoa que vazou o vídeo "Assassinato Colateral" (Colateral Murder) para o site WikiLeaks.org (publicado no dia 10 de Abril na internet). O Daily Beast publicou um artigo no dia 10 de junho dizendo que a prisão de Bradley Manning fez com que o Pentágono iniciasse uma caçada para encontrar co-fundador e porta-voz do site wikileaks, o australiano Julian Assange, por temer a publicação de novos documentos secretos que poderiam causar sérios danos a segurança nacional dos EUA.


Leia a matéria completa.


Links: WikiLeaks | BradleyManning.org | Assine hoje a petição "Justiça por Bradley Manning"! | "Vazar essas informações é um ato de um herói."


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segunda-feira, 19 de julho de 2010

Indígenas acampados na Esplanada dos Ministérios são retirados à força por policiais


Retirado do Blog do AIR


Detenções e agressões por parte da força militar do DF marcam mais um dia de luta indígena. O Acampamento Revolucionário Indígena, no dia 10 de julho, por volta das 5:00 da manhã foi brutalmente atacado pela força militar do DF. A Bope, PM e todo o seu aparato truculento, como num golpe de machado, destruíram o acampamento indígena. Mil policiais com suas armas e seus cachorros com desejo de sangue contra 150 indígenas que permanecem resistentes em frente ao Ministério da Justiça com desejo de JUSTIÇA.


Armas, cachorros, spray de pimenta, agressões, insultos, racismo, palavras truculentas e xingamentos de todos os níveis e detenções fizeram parte do café da manhã de todos os que estavam no acampamento, servidos pelos policiais, que mais uma vez cumpriram com seu papel de opressores e mão de ferro do Estado e mais uma vez afirmaram em ações que a Ditadura somente ganhou um novo uniforme. Os policiais não deram espaço para o diálogo já chegaram gritando "acorda vagabundos" e prendendo os que estavam na sua frente: o documentarista Murilo, que filmava a ação foi o primeiro a ser preso, ele não resistiu a prisão, mesmo assim levou muitos chutes e golpes dos policiais que ainda quebraram sua câmera e roubaram a fita com as gravações da ação. O segundo a ser preso foi o francês Jean Marc que acompanha o acampamento monitorando os direitos indígenas e ações referentes aos Direitos Humanos no Brasil. Jean Marc foi convidado pelo acampamento no intuito de fazer ecoar fora do Brasil as práticas de desumanização e massacre contra os povos originários e seu objetivo é fazer valer os direitos indígenas denunciando aos órgãos internacionais as constantes quebras de acordos como por exemplo a Convenção 169.


Mais dois indígenas foram presos e torturados com palavras arrogantes, tapas na cara e surras de cassetetes. Poucas horas depois todos foram soltos por não ter justificativa de suas prisões. O espetáculo militar não parou nas prisões e humilhações, pois, nem as crianças foram poupadas do spray de pimenta e da intimidação com cachorros e tortura psicológica. Algumas crianças foram para o hospital e uma até vomitando sangue por causa do spray. Também uma indígena Guajajara que estava grávida não suportou a pressão psicológica acabou sofrendo um aborto.


Para finalizar os policiais levaram todos os pertences do acampamento e os indígenas sem saber para onde foram levados seus pertences, ficaram somente com o pouco que sobrou da ação truculenta e tirânica da polícia. O responsável por essa ação não é somente o GDF, a União, à FUNAI ou o Ministério Público, mas sim de TODOS eles que uníssonos ecoam o mesmo canto fascista, que numa brincadeira infantil jogam a bola da responsabilidade de um para o outro e NUNCA mostram suas caras racistas detrás da máscara e como covardes nunca assumem seus atos, assim, escamoteiam a corrupção com posições de autoridade e mandam seus cães famintos devorarem àqueles que ousam questionar suas leis e que num belo ato de indignação lutam pelos seus direitos e não aceitam suas leis sujas de sangue e estão dispostos a irem até o fim e passar por toda e qualquer situação para mostrarem que as NAÇÕES INDÍGENAS ESTÃO VIVAS e que o inimigo pode ser grande e forte, mas não é maior que a vontade dos indígenas de derrubá-lo.


Os indígenas com toda dificuldade permanecem resistentes no mesmo local e não desistiram de lutar.


Vídeos: Violência contra Indígenas do AIR | Os Índios resistem na Esplanada dos Poderosos | A.I.R. Declaração do 13 de julho 2010.


Links: A Ditadura Mediática contra o Acampamento Indígena Revolucionário | Relato de uma das pessoas presas ilegalmente no AIR | Posicionamento do Tribunal Popular sobre o Acampamento Revolucionário Indígena | Blog do Acampamento Revolucionário Indígena | VERGONHA NACIONAL: covardemente Governo destroi Acampamento Indígena Revolucionário. | Índios permanecem na Esplanada dos Ministérios e dormem embaixo de árvores | FRENTE CÍVICO INDÍGENA 10 DE JULHO | Mulheres sobre o Acampamento Revolucionário Indígena. | [DF] 10 de julho Detenções e agressões
complemente essa matéria

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sexta-feira, 16 de julho de 2010

Everaldo Silva[PSOL] - Uma outra Bahia pela democratização da propriedade da terra


 

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                    É mais do que evidente que a Bahia passa por uma crise. Em verdade, um conjunto de vertentes problemáticas que vão da infra-estrutura urbana, passando por transporte e moradia até a geração e manutenção do emprego e renda, não desprezando aspectos básicos da estrutura institucional como saúde, educação e principalmente (in)segurança pública. 


                    Para alguns, que do alto analisam, se trata da reorganização financeira que o mercado globalizado impõe às células menores como os estados e municípios; para outros a crise tão falada não passa da rotina diária construída sob todas as dificuldades que historicamente os trabalhadores e trabalhadoras são forçados a passar.


                    Neste cenário, muitas falácias são construídas sob o pretexto da explicação e da manutenção da ordem e do status quo, do estado vigente. A mais latente e preocupante, do ponto de vista da realidade concreta daqueles que vivem tanto na região metropolitana quanto no interior do estado, é o processo de Reforma Agrária.


                    Hoje de toda área plantada apenas 30% é atribuída à agricultura familiar, entretanto, a produção de alimentos é de forma antagônica inversamente proporcional, mesmo sendo pouca para os parâmetros da Organização Mundial do Comércio – OMC, cerca de 70% de toda esta produção de alimentos é oriunda desta agricultura familiar.


                    Informações como esta dificilmente são encontradas. O governo problemático de Wagner, que utiliza a retórica da transparência e democracia não aplica seu discurso na pratica, não passando de falsa demagogia. Prova disso, é a inexistência de dados, estatísticas ou qualquer informação sobre como anda a Reforma Agrária no estado, a secretaria responsável por esta demanda entrega sua jornada ao Agronegócio que responde em grande maioria, apenas ao interesse particularista de empresários que impedem a estabilidade na inflação e conseqüentemente a possibilidade do crescimento da produção de alimentos e para, além disso, a possibilidade de todos os segmentos da população ter como manter o poder de compra.

                    Muito embora a dificuldade em obter informações seja um elemento complexo, a Reforma Agrária como base constitucional tem além do grande capital da conservadora oligarquia agrícola, a grande mídia como empecilho para a eficácia e orientação objetiva.


                    Um importante passo é saber que a luta pela Reforma Agrária não é só da classe trabalhadora rural. Ela interessa, também, à classe trabalhadora da cidade e a toda a sociedade. Isto por que o resultante obtido por uma Reforma Agrária efetiva é o aumento da geração de empregos e alimentos; solução para o êxodo rural e o desemprego, que provocam o inchaço das cidades e aumentam a violência urbana.


                    A falta de alimentos, as habitações miseráveis nas favelas, as famílias desamparadas e os milhões de menores abandonados nas ruas são problemas que muitos vivem no dia-a-dia. Nos latifúndios a serem desapropriados e redistribuídos para os trabalhadores rurais as terras passariam a produzir mais alimentos e, com o aumento da produção, os preços poderão baixar para todo mundo, incluindo os moradores das cidades, todos seria beneficiados, porque a inflação diminuirá e a comida aumentará em sua mesa.


                   Ainda neste raciocínio, a Reforma Agrária ajuda, ainda, a melhorar os salários dos trabalhadores urbanos, já que diminui a mão de obra barata que vem do interior para a cidade trabalhar por qualquer salário.


                   Wagner, que adotou ser um governo de todos os nós, acaba que amarrando este elementar avanço que facilitaria o desenvolvimento regional, impulsionaria a distribuição de renda desvinculada dos programas assistencialistas que não apontam saídas, diminuiria os amontoados em favelas e barracos e com menos gente nas cidades até mesmo os valores de alugueis cairia. Diminuiria o número de crianças sem vagas em escolas dos grandes centros, melhorando o processo ensino-aprendizagem; com menos gente nas cidades, aumentaria o espaço em casas, na rua e principalmente nos transportes públicos e tudo isso contribuiria para reduzir a violência que, quase toda ela é fruto da miséria.


                   Enfim, através de uma verdadeira Reforma agrária, até aqui desprezada pelos governos, poderíamos obter sensíveis avanços culturais e sociais, bastando para isso discutirmos abertamente as concepções que envolvem a democratização e acesso às propriedades de terras.


                   O PSOL acredita ser possível uma nova forma de fazer política, e ao lado da classe trabalhadora construirmos os avanços necessários. Vamos aos debates!
Everaldo Silva
Candidato a Vice Governador pelo PSOL


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terça-feira, 13 de julho de 2010

Peço a Palavra Edvaldo Brito

Everaldo Silva candidato a Vice-Governador pelo PSOL, conclui que representante da coligação "A Bahia tem pressa" comete crime eleitoral




 



Em solenidade realizada ontem (12/07), no auditório da fundação cultural da Câmara Municipal de Salvador, com a presença dos trabalhadores municipais da área da saúde, do sindicato da categoria, da representação da chapa majoritária do PSOL na pessoa do companheiro Marcos Mendes e do companheiro França além de dezenas de pessoas ocorreu a sanção do plano de cargos e salários.


Entretanto, para a surpresa de todos e todas presentes, quem dirigiu os trabalhos foi o já licenciado Edvaldo Brito do PTB (partido que teve singular performance no escândalo do mensalão, através de seu presidente Roberto Jeferson).


O Fato causou estranheza uma vez que o candidato é conhecedor profundo da legislação nacional, mas talvez essa parte da lei ele tenha esquecido, afinal são muitas agendas(oficiais?), onde andaria então a sua assessoria, ou ainda a procuradoria do município?


Analisando ainda a proposta do PMDB em duplicar a proibição das pichações? Sim... Podem ter esquecido também que tal lei já existe e foi totalmente desprezada pelo próprio João em 2008, ou acha que o povo esqueceu?


Enfim, esquecido ou não, vai aqui o lembrete de Jequié: É proibida participação de candidato já licenciado para disputar cargo eletivo em eventos oficiais. Nesse sentido não há o que pensar senão a infração de norma eleitoral. Crime!


A tal "pressa" muitas vezes é inimiga. Não cabe como pontuou nosso candidato a governador "utilizar do espaço institucional para fazer auto-promoção e campanha eleitoral ilegal".


Por fim, faço minhas as palavras do companheiro França, "É um total desrespeito utilizar de uma vitória dos servidores municipais e dos sindicatos para querer bancar agora, de forma oportunista, o responsável pela aprovação de um plano que a tanto tempo relegaram aos trabalhadores. Ele não pode usar do cargo em plena campanha eleitoral".



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sexta-feira, 9 de julho de 2010

Famílias desalojadas buscam vida nova em acampamentos do MST em Alagoas



Por Rafael Soriano
Da Pàgina do MST

Com o desalojamento de milhares de famílias após as cheias dos rios Mundaú, Camaragibe e Paraíba, em Alagoas, e Una e Sirinhaém, em Pernambuco, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) arregaça as mangas para se solidarizar.


Além de 50 sacas de produtos da Reforma Agrária, como banana, macaxeira, feijão e farinha de mandioca, entregues ao Corpo de Bombeiro como primeira medida de apoio, os agricultores formaram duas frentes de solidariedade na Zona da Mata alagoana para ajudar tanto aqueles já parcialmente assistidos em abrigos públicos como os que permanecem nas áreas atingidas e em casas de familiares, negligenciados pelo poder institucional.


Leia também
Trágedias e o novo código - artigo de João Pedro Stedile

Das tragédias da natureza às tragédias do capital - artigo do doutorando na Universidade de Coimbra Caetano De'Carli
MST faz ação de solidariedade a atingidos pelas chuvas em Pernambuco


A ajuda oficial só chega aos que estão em abrigos públicos, locais que acabam amontoando as famílias, seus animais e muito lixo. O resultado é que muitas pessoas se recusam a esperar pelo apoio do poder público em locais com essas condições de insalubridade e deixam de receber a ajuda necessária para a reconstrução de suas vidas.
As frentes de solidariedade do MST em atuação na região de União dos Palmares e Murici mantêm o diálogo com os atingidos para, além de contribuir materialmente com alimentos e roupas (há uma perspectiva de socialização de roças de assentamentos e acampamentos do estado inteiro), lembrar do contexto social e político em que as cheias acontecem.


Para rebater qualquer fatalismo que atribua à vontade divina os estragos na Zona da Mata, Débora Nunes, socióloga e integrante da direção nacional do MST, esclarece que "as enchentes são resultado da exploração canavieira. A Mata Atlântica foi sendo substituída pela monocultura da cana-de-açúcar ao longo dos anos. Tudo isso aliado ao êxodo rural, quando milhares de famílias foram expulsas das usinas e fazendas e foram sendo amontoadas nestas cidades, e ainda são taxadas como culpadas nestes momentos".


Além disso, muitas famílias que viviam nas cidades e perderam tudo procuram acampamentos do MST. O Movimento continua cumprindo o papel social de abraçar aqueles que vêem, na terra, perspectivas de construção de uma nova vida.


Áreas de Reforma Agrária atingidas


Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), junho e julho são tanto os meses mais chuvosos na região como, para os rios, os mais caudalosos. A vazão do leito do Mundaú, por exemplo, normalmente chega a triplicar no mês de julho. É sempre uma época de estragos para os mais pobres, desassistidos de qualquer política pública de habitação ou Reforma Agrária. Desta vez, os rios que passaram na enxurrada atingiram algumas áreas de assentamento e acampamento, complicando ainda mais o acesso por estrada - já difícil desde os tempos sem chuva.


Em Joaquim Gomes, o assentamento Santa Maria Madalena, acompanhado pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), teve as roças atingidas pelas águas e a estrada danificada. Em Murici, o acampamento Santa Cruz foi o mais afetado. Entre as áreas organizadas pelo MST, as mais afetadas foram o assentamento Flor do Mundaú, que perdeu parte da produção e teve os serviços de energia elétrica interrompidos com a queda da rede, e o assentamento Santo Antônio, em que uma casa foi levada na enxurrada. Os prejuízos ainda estão sendo contabilizados nessas e outras áreas da região.



Além das áreas de Reforma Agrária, muitas comunidades que vivem da terra estão sofrendo com o isolamento, a exemplo da Comunidade Chapéu de Pena, em Santana do Mundaú, que teve as estradas interrompidas por muita lama, árvores caídas e partes levadas pela enxurrada. Ainda, a comunidade Filus, também em Santana, e a comunidade Taquari (em União dos Palmares) lançaram alertas para a sociedade, avisando dos problemas causados pelas chuvas e da escassez de mantimentos.









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quinta-feira, 8 de julho de 2010

Belo Monte ameaça nove espécies de peixes raros, aponta estudo

Levantamento mapeou 819 peixes em 540 bacias hidrográficas no país. Somente na bacia do Rio Amazonas, há 184 espécies raras.

 

A reportagem é de Dennis Barbosa e publicada pelo Globo Amazônia, 01-07-2010.

 

A construção da usina de Belo Monte, no Pará, ameaça a existência de nove espécies de peixes raros, segundo levantamento feito por um grupo de seis pesquisadores do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da ONG Conservação Internacional (CI-Brasil).

 

O alerta para o perigo às espécies na Volta Grande do Xingu, onde Belo Monte deve ser erguida, é apenas um dos resultados da pesquisa inédita, que identificou 819 espécies de peixes raros de água doce no país. Com base na distribuição dessas espécies foram mapeadas 540 bacias hidrográficas consideradas como áreas-chave para a conservação dos ecossistemas aquáticos brasileiros.

 

As espécies raras ameaçadas na Volta Grande

Aequidens michaeli

Anostomoides passionis

Astyanax dnophos

Ossubtus xinguense

Parancistrus nudiventris

Pituna xinguensis

Plesiolebias altamira

Simpsonichthys reticulatus

Teleocichla centisquama

 

Essas áreas-chave são lugares insubstituíveis que abrigam espécies de peixes que somente ocorrem lá e em nenhuma outra parte. Somente na Bacia do Rio Amazonas foram identificadas 124 microbacias e 184 espécies de peixes raros.

 

"Na região da Volta Grande do Xingu, temos quatro áreas críticas para conservação que possuem menos de 50% de sua vegetação remanescente", explica Thaís Pacheco Kasecker, coordenadora de serviços ecossistêmicos do programa Amazônia da CI-Brasil.

 

Thaís aponta que, das nove espécies em perigo no local, duas certamente se extinguiriam com a construção da usina porque vivem em lagoas temporárias que desapareceriam com a obra.

 

Para as outras espécies, ainda é necessária uma avaliação de como seriam afetadas pela construção, já que, apesar de existirem em outras partes da Bacia do Xingu, alterações na altura da Volta Grande podem impedir seu ciclo de vida.

 

Segundo o estudo, apenas 26% das 540 bacias hidrográficas consideradas áreas-chave são razoavelmente protegidas. As áreas críticas levantadas pelos pesquisadores em todo o país abrigam 344 espécies endêmicas, ou seja, encontradas apenas em determinada região.

 

O estudo foi publicado nesta quarta-feira (30) na revista PlosOne e se baseia nas descobertas publicadas pelos ictiólogos brasileiros nas últimas duas décadas.

 





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