terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Nota da Executiva Nacional responde aos ataques da imprensa contra Marcelo Freixo e o PSOL


MENTIRAS DE PERNAS CURTAS PARA ATACAR O PSOL E MARCELO FREIXO
 
Nosso partido foi surpreendido com a matéria veiculada pelo programa Fantástico (TV Globo) no último domingo e reproduzida por outros veículos de comunicação que tentam vincular o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL/RJ) ao episódio que vitimou o cinegrafista Santiago Andrade, no último dia 6 de fevereiro, durante conflito entre manifestantes e policiais na cidade do Rio de janeiro.

Desde que teve conhecimento do fato, o PSOL se solidarizou com a família do cinegrafista e se colocou a favor da apuração dos fatos. Enviamos nossas condolências à sua família. Nossa conduta foi idêntica também nos casos de agressões de policiais a manifestantes e jornalistas em episódios recentes.

Sabemos que a leviandade cometida contra Marcelo Freixo e o PSOL na referida matéria está inserida no contexto da crescente criminalização das lutas sociais. Desde as manifestações de junho a postura do Estado brasileiro, através do governo federal e dos governos estaduais, tem sido a de reprimir violentamente os participantes de manifestações, orquestrando uma constante criminalização dos movimentos sociais, enquanto – o que é mais grave ainda – ignora as principais demandas apresentadas pelos manifestantes.

Essa situação propiciou uma radicalização das manifestações e ofereceu espaço para pequenos grupos anarquistas que vislumbram como estratégia política eficaz pra transformar o mundo o ataque aos símbolos do capitalismo e das instituições.

A possibilidade de ocorrer uma fatalidade, seja através das balas da Polícia, seja através de rojões dos manifestantes, estava dada. Foi assim com o jornalista agredido pela PM em São Paulo no ano passado que perdeu a visão em um dos olhos, e agora, levando o cinegrafista da TV Bandeirantes à morte.

Nosso partido apoia de forma irrestrita o direito à livre manifestação e recrimina a postura repressiva do aparato estatal. Mas ao mesmo tempo, não concorda e nem participa de ações efetuadas por pequenos grupos presentes em alguns atos.

Por essas razões, fica evidente que a reportagem veiculada pelo Fantástico e outros veículos de comunicação foi irresponsável e leviana, transformando informações frágeis numa acusação gravíssima. A reportagem se baseia nas declarações do advogado Jonas Tadeu Nunes, que defendeu o miliciano e ex-deputado estadual Natalino José Guimarães, chefe da maior milícia do Rio de Janeiro. Justamente os milicianos que foram para a cadeia pelo trabalho da CPI presidida pelo deputado Freixo.

A intenção não poderia ser mais clara. De um lado, visa atacar nossa principal liderança no Rio. De outro, busca impingir ao nosso partido a pecha de violento, tentando frear a crescente simpatia que o povo brasileiro tem tido por seu programa, por sua combatividade e por suas candidaturas. E terceiro, mas não menos importante, é uma clara tentativa de criar um ambiente negativo para as mobilizações que questionam os abusivos gastos realizados com a Copa do Mundo.

Coincidência ou não, tal armação acontece na mesma semana na qual se tenta aprovar no Senado o PLS 499/2013 (de autoria do senador Romero Jucá, expoente da base governista) que quer criar o crime de terrorismo, numa disfarçada reedição da Lei de Segurança Nacional. Ou seja, para muitos, os inimigos são "internos" e estão espalhados pelas praças e pelas ruas protestando contra o aumento das tarifas dos transportes públicos, as remoções da Copa, a construção de Belo Monte, o assassinato de lideranças indígenas, na da Comperj e outros temas que tem levado brasileiros a protestar. Tal iniciativa dá continuidade a medidas de exceção como a Lei Geral da Copa, contra a qual apenas os parlamentares do PSOL votaram.

Nosso partido exige imediata retratação da TV Globo, para que se desfaça o prejuízo político causado com a mentirosa reportagem; queremos que os culpados pela morte do cinegrafista sejam processados e julgados e não aceitamos a criminalização das manifestações públicas.
 
Executiva Nacional do PSOL

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

A subsombra desumana de Raquel Sheherazade

Jean Wyllys: "Como a jornalista cafona se sentiria se um grupo de pessoas, fazendo "justiça com as próprias mãos", decide linchá-la por sua apologia ao linchamento?"


"A mais triste nação, na época mais podre, compõe-se de possíveis grupos de linchadores".

Esta frase é, na verdade, um verso de Caetano Veloso, que, no início na década de 1990, indignado com uma onda de linchamentos no Brasil ainda subdesenvolvido, escreveu a canção "O cu do mundo". Recorrendo ao fato linguístico de que palavra "cu" poder ser classificada como adjetivo ou substantivo comum, Veloso canta que o Brasil , "cu do mundo" (periferia das potências e dos centros de decisão da política internacional), seria, pela frequência com que linchamentos acontecem por esse sítio, um "cu" (no pior sentido desse "adjetivo esdrúxulo": sujo, fedido, péssimo, insuportável).

O linchamento é - imagino que todos saibam disso - a violência dura (espancamentos e assassinatos) perpetrada por um grupo de pessoas como punição contra um indivíduo acusado de ter praticado algum delito, mas sem o devido processo judicial e em detrimento dos direitos fundamentais de toda pessoa humana garantidos pelas leis.

Há uma controvérsia sobre a origem da palavra "linchamento". Alguns autores a atribuem ao coronel Charles Lynch, que fazia "justiça com as próprias mãos" durante a guerra de independência dos Estados Unidos. Outros, porém, defendem que a palavra é derivada do fato de o capitão William Lynch, do estado da Virgínia, ter mantido, por volta de 1780, um grupo de pessoas que, à margem da lei, punia com morte violenta os inimigos.

Em ambos os casos, a violência praticada pelo grupo contra os delinquentes reais ou supostos estava eivada de ódio racial contra os índios e os negros. Aliás, esses grupos foram o embrião da Ku Klux Klan.

Duas décadas depois daquele desabafo em forma de canção feito por Caetano Veloso, a "subsombra desumana dos linchadores" a que ele se refere volta a escurecer o céu de nosso frágil estado democrático de direito.

Em Goiânia, moradores de rua são exterminados com requintes crueldade por "justiceiros" anônimos "cansados" dos pequenos delitos ou simplesmente da feiura que os sem-teto trazem à paisagem urbana (anônimos porque não há, por parte das polícias locais, boa vontade de empreender uma investigação rigorosa e eficaz que os identifique e possibilite que sejam punidos na forma da lei).

Na capital paulista, além dos moradores de rua, principalmente aqueles entregues ao abuso do crack, são vítimas de "justiceiros" também homossexuais e travestis, abatidos por espancamentos e/ou assassinatos cada vez mais violentos.

No Rio de Janeiro, capital, homeless pardos, malandros pretos, ladrões mulatos e outros cidadãos quase pretos considerados "suspeitos" por causa da cor da pele e/ou do jeito que se vestem que costumam frequentar o Aterro do Flamengo foram alvos de uma reação violenta de "justiceiros" locais, que, para mostrar o quanto desdenham das garantias jurídicas e o quanto se consideram acima das leis, ataram a um poste, com uma trava de bicicleta, um dos malandros pretos espancados (um adolescente despido de sua roupa e dignidade).

A reação clara e inequivocamente criminosa dos "justiceiros" e linchadores cariocas à presença da população marginal no parque que consideram seu ganhou, de imediato, o aval e o estímulo (sim, estímulo!) da jornalista Raquel Sheherazade, âncora do Jornal do SBT, emissora que ocupa o segundo lugar em audiência.

Sheherazade não só defendeu abertamente o linchamento do menor como afirmou que as pessoas "de bem" não têm outra resposta para o "estado de violência" que não a "justiça com as próprias mãos" (claro que ela estava se referindo apenas aos delitos praticados pelos pobres e negros, já que defendeu e justificou a delinquência do astro pop Justin Bieber), desprezando o - e debochando do - papel das polícias, do Ministério Público, do poder judiciário e dos defensores dos Direitos Humanos na mediação dos conflitos em sociedade.

Acontece que, sendo o linchamento ou justiça por conta própria crimes previstos no nosso código penal, a apologia e o estímulo a estes crimes também constituem um crime! E aí?

Embora o nome de Raquel Sheherazade circulasse por textos de ativistas indignados com suas opiniões tão medíocres quanto reacionárias, eu, até então, não tinha dado muita atenção a ela; nem mesmo quando me citou de maneira negativa em sua fervorosa defesa da permanência do deputado pastor Marco Feliciano na presidência da CDHM da Câmara, apesar das acusações de racismo e homofobia que pesavam sobre ele.

Para mim, até então, Sheherazade não passava de uma mulher cafona, fundamentalista religiosa, limitada intelectualmente e de repertório cultural estreito - uma espécie de Afanásio Jazadji de tailleur - que caiu nas graças de Sílvio Santos. Não tinha, portanto, motivos para lhe dar atenção. Agora, porém, depois de sua apologia ao linchamento e da boa recepção que esta teve nas redes sociais, não posso mais ignorá-la: preciso enfrentá-la!

O elogio de Sheherazade e seus simpatizantes aos "justiceiros" do Aterro do Flamengo materializa a velha tendência de se buscar, no que diz respeito à segurança pública, "soluções biográficas para contradições sistêmicas", como diz o sociólogo alemão Ulrich Beck. Isso quer dizer que a jornalista e sua gente pertencem à tradição que trata a delinquência fruto das históricas desigualdade e injustiça sociais com métodos de tortura ou execução sumária dos delinquentes, ignorando o sistema que os produzem.

Se nos encontramos num "estado de violência", como ela diz, é também porque seu discurso e o de boa parte da mídia associam pobreza e negritude à criminalidade, desumanizando as populações das periferias e as expulsando da comunidade moral.

Em sua visão de mundo estreita e sustentada em preconceitos, Sheherazade e os que lhe aplaudem, consideram a defesa dos Direitos Humanos dos pobres e dos marginais um estorvo para a segurança do "cidadão de bem". Ora, isso não passa de estupidez!

Esses direitos, em sua formulação consagrada internacionalmente, são de todos e todas e não apenas de Raquel Sheherazade e sua turma. Os direitos à vida e à integridade física, bem como o direito à defesa num julgamento justo, não podem ser entendidos como privilégios de gente branca que mora em bairros privilegiados e tem renda para o consumismo - que é como Sheherazade os entendem. Esses direitos são também daquele adolescente espancado e atado a um poste por uma trava de bicicleta! Como a jornalista cafona se sentiria se um grupo de pessoas, fazendo "justiça com as próprias mãos", decide linchá-la por sua apologia ao linchamento? Sheherazade deveria refletir sobre essa pergunta antes de estimular a barbárie mais uma vez.

Desacreditar o Estado Democrático de Direito em cadeia nacional para defender linchamento de um adolescente negro, pobre e supostamente delinquente é apodrecer nossa época; é fazer, do Brasil, o cu do mundo!

Luciana será vice de Randolfe na disputa à presidência da República

Jimmy Azevedo

MARCELO G. RIBEIRO/JC
Ex-deputada terá seu nome oficializado dia 17 de fevereiro
Ex-deputada terá seu nome oficializado dia 17 de fevereiro
A ex-deputada federal gaúcha Luciana Genro (P-Sol) volta à vitrine política como candidata a vice do senador Randolfe Rodrigues (P-Sol-AP), que será o candidato do partido à presidência da República. No dia 17, no Rio de Janeiro, será realizado um ato para apresentar os dois pré-candidatos. Ontem, por telefone, Luciana, filha do governador gaúcho Tarso Genro (PT), confirmou a informação à reportagem. 

Na rápida entrevista, disse que não ficaram rusgas com Randolfe após a disputa, ano passado, quando, no 4º Congresso do P-Sol, a maioria dos delegados entendeu que Randolfe deveria ser o candidato do partido ao Planalto. Em dezembro, a pré-candidatura posta por Randolfe causou um racha no partido, e foi criada uma nova corrente, a Insurgência, que defendia a realização de prévias.

Em nota, a corrente disse que "Randolfe é o máximo representante, no partido, de uma política de alianças que é uma versão piorada da política do 'campo majoritário' do PT em fins dos anos 1990. Ele pode tanto aliar-se com setores ligados ao governo do PT quanto ao PMDB". Luciana foi deputada estadual por dois mandatos. 

Na Câmara, teve um mandato pelo PT e outro pelo P-Sol. Nas últimas eleições não pode concorrer como vereadora de Porto Alegre, pois o artigo 14, inciso 7º, da Constituição Federal diz que "são inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou adoção, do presidente da República e do governador do Estado". Pelo mesmo motivo não poderá disputar uma vaga na Câmara dos Deputados ou na Assembleia Legislativa neste ano.

Jornal do Comércio - Como será essa dobradinha, sendo os dois integrantes de campos opostos? Houve mal-estar?

Luciana Genro
 - Não tivemos um mal-estar, o que teve foi uma disputa política durante as eleições do partido. Representamos alas distintas dentro do partido, mas avaliamos que agora é a hora de construir a unidade do partido. Nossa chapa vai representar a unidade. No próprio congresso, em dezembro, Randolfe e Araújo manifestaram a opinião de que seria importante que eu fosse vice para unir o partido. Defini que eu iria aceitar para fortalecer o P-Sol.

JC – O que representará o P-Sol na eleição de outubro?

Luciana
 – O importante é que a gente vai unificar o partido, enfrentar a direita e a velha esquerda do PT e seus aliados. O nosso programa de governo vai ser discutido na convenção do partido, mas a discussão já vem sendo feita.

JC – Como o P-Sol se insere neste momento de manifestações? Os atos têm feito críticas aos partidos e aos políticos.

Luciana
 - Vamos resgatar o significado de junho, porque foi uma manifestação popular de repúdio aos políticos tradicionais e à velha política. 

JC – Haverá composição com outras legendas?

Luciana 
- Tentamos construir um diálogo com o PSTU, mas eles (os líderes do PSTU) têm restrições ao nome do Randolfe. Não estamos preocupados com as alianças, porque junho mostrou que a vida real dos brasileiros passa por fora dos partidos. Nossa aliança será com a população e a juventude.
http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=153341

          Saudações Internacionalistas e Libertárias


                    Ronaldo Santos...


                 Secretário Geral do PSOL Bahia

             Membro da Direção Nacional do PSOL

               Cel: 071-9126:2455

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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Primeiro Programa do PSOL em 2014 vai ao ar nesta quinta feira em cadeia nacional de radio e tv

O pré-candidato à Presidência pelo PSOL, senador Randolfe Rodrigues, e a ex-deputada federal Luciana Genro apresentam as linhas gerais das propostas do partido e fazem crítica à subserviência do governo ao mercado financeiro, em detrimento de investimentos na área social. No rádio o programa será transmitido às 20h e na TV às 20h30 
 
O Brasil inteiro terá a oportunidade de assistir na noite desta quinta-feira (06) as propostas de mudanças que o PSOL tem para apresentar ao país. Em cadeia nacional de rádio e TV vai ao ar o primeiro programa gratuito do PSOL em 2014. Nas emissoras de rádio AM e FM o programa será veiculado às 20h e nos canais abertos de televisão será transmitido às 20h30.
 
Durante os 5 minutos de programa – tempo definido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – o pré-candidato à Presidência pelo PSOL, senador Randolfe Rodrigues, e a ex-deputada feral Luciana Genro apresentarão as linhas gerais programáticas do PSOL e as propostas de mudança que a legenda tem para apresentar ao país. Gravado em dois extremos do Brasil – no Oiapoque (extremo norte do Amapá) e no Chuí (extremo sul do Rio Grande do Sul) – o programa pretende reforçar o caráter nacional do PSOL e a sua preocupação com os problemas de todas as regiões do Brasil.
 
No programa, também será destacado o intenso trabalho da bancada do PSOL no Congresso Nacional, formada pelos deputados Ivan Valente, Chico Alencar e Jean Wyllys e pelo senador Randolfe, contra os ataques das bancadas fundamentalista, do agronegócio e dos grandes empresários. Nos 5 minutos não faltarão críticas à política econômica do governo, que prioriza o pagamento de juros da dívida e do superávit primário em detrimento de investimentos em programas sociais e na saúde e educação públicas.
 
Com um trecho gravado em Altamira, no Pará, o programa do PSOL faz, ainda, duras críticas à política do governo federal de investimento do dinheiro público em grandes construções como a da Usina de Belo Monte.
 
Não perca o programa do PSOL, nesta quinta-feira, 6 de fevereiro.

          Saudações Internacionalistas e Libertárias


                    Ronaldo Santos...


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PSOL NA TV. Programa de TV Nacional do PSOL


Nesta quinta Feira, 06-02-2014, O PSOL Apresentará o seu pré-candidato a Presidência.